29 de julho de 2020

BASF e Parnaplast desenvolvem filme antiembaçante para máscaras acessíveis e outras aplicações

  • Desenvolvimento surgiu da demanda da Fundação Grupo Volkswagen por máscaras para incluir pessoas com deficiência auditiva que fazem leitura labial
  • Material está sendo doado para projeto Costurando o Futuro, voltado à empregabilidade e ao empreendedorismo

 

Um dos desafios trazidos pelas exigências sanitárias, impostas pela pandemia provocada pelo novo coronavírus, é o uso de máscaras de proteção. Para os deficientes auditivos, torna-se uma barreira a mais na comunicação, já que muitos dependem da leitura labial. A partir da ideia apresentada por um colaborador de uma das marcas do Grupo VW no Brasil, a Fundação Grupo Volkswagen e as empreendedoras de seu projeto Costurando o Futuro iniciaram a construção de protótipos de máscaras com filme plástico na região da boca, buscando a acessibilidade e humanização na comunicação entre as pessoas, com e sem deficiência. Com o objetivo de aprimorar estes protótipos, foi apresentado à BASF o desafio de sugerir um filme que reduzisse o embaçamento no momento da fala, a fim de não comprometer a visualização da leitura labial.

“Ficamos felizes ao receber o pedido de suporte e desenvolvimento de uma solução para as máscaras. Rapidamente desenvolvemos uma proposta técnica e compartilhamos com a equipe de desenvolvimento da Parnaplast, indicando para a produção do filme um sistema de extrusão da poliamida Ultramid C40 L usando o inovador processo Glass”, explica Anderson Silva, coordenador de serviços técnicos em poliamidas da BASF. “O filme é muito transparente, flexível, e possui boa resistência necessária para a etapa de costura”.

O processo Glass, da Parnaplast, recria um resfriamento muitíssimo acelerado, seguindo a lógica da fabricação do vidro. Quanto mais rápido ele resfria, mais amorfa a estrutura do plástico, proporcionando propriedades diferenciadas, como alta transparência, brilho, flexibilidade e resistência. “A propriedade antiembaçamento foi conquistada com uma mistura de materiais específicos para essa aplicação”, comenta Vinicius Luiz Kremer, gerente comercial da Parnaplast.

O material é adequado inclusive para materiais e embalagens de grau cirúrgico, com garantia de resistência, permitindo esterilização em autoclave, ETO ou raios gama, ou ainda para filmes flexíveis para termoformagem de embalagens de produtos alimentícios.

O filme para máscara foi produzido e doado em pequenas bobinas de aproximadamente 15 kg para manuseio ergonômico pelas costureiras do Costurando o Futuro. Já foi doado material suficiente para a produção de mais de 100 mil máscaras e uma segunda remessa já está sendo planejada. O projeto Costurando o Futuro, iniciativa da Fundação Grupo Volkswagen, é voltado à empregabilidade a ao empreendedorismo em comunidades por meio da formação profissional em costura. As máscaras são comercializadas pelo preço de custo e toda a renda é revertida para as empreendedoras.

A BASF está trazendo para o Brasil também a nova copoliamida Ultramid® RX2296 (grade modificado do Ultramid Flex F38) fabricada com 33% de matérias-primas renováveis, que poderá ser usada nesse tipo de aplicação. Este material apresenta ótima processabilidade em filmes multicamadas tanto para embalagens de alimentos quanto aplicações técnicas. A solução foi empregada na fabricação de protetores faciais na Europa.

“Compartilhamos com a Fundação Grupo Volkswagen e com a Parnaplast a satisfação de poder contribuir com um projeto que já está beneficiando muitas pessoas, seja gerando trabalho e renda, seja facilitando a comunicação e garantindo a inclusão de pessoas com deficiência auditiva”, afirma Anderson.

“Ficamos muito felizes em contar com a parceria da BASF e da Parnaplast nesta ação, que nos encheu de orgulho! Não só pela tecnologia envolvida no desenvolvimento do material, mas principalmente pela receptividade e prontidão que demonstraram desde nossas primeiras conversas. E nem preciso dizer que o produto é um sucesso: desde o lançamento no início de Julho, mais de 5.000 máscaras já foram vendidas, contribuindo assim com a geração de renda para as empreendedoras do projeto Costurando o Futuro, bem como com a inclusão de pessoas com deficiência e a humanização da comunicação, fundamentais em um momento tão delicado como o que vivemos. Esse tipo de ação é o que nos move!”, afirma Vitor Hugo Neia, Diretor de Administração e Relações Institucionais da Fundação Grupo Volkswagen. As máscaras já estão disponíveis na loja virtual do projeto Costurando o Futuro www.costurandoofuturo.org.br