Reduzir emissões de motores a diesel é compromisso para melhorar a qualidade do ar

Reduzir as emissões de poluentes de veículos, especialmente dos movidos a diesel, deve ser um dos compromissos para melhorar efetivamente a qualidade do ar. Um estudo do Instituto de Física da USP publicado recentemente na revista científica “Nature”, sinaliza que ônibus e caminhões movidos a diesel são responsáveis pela emissão de 47% da fuligem e outras substâncias prejudiciais à saúde na cidade de São Paulo, apesar corresponderem a apenas 5% do total da frota que circula na capital.

Além da fuligem, o estudo identificou compostos cancerígenos como benzeno, tolueno e o ‘black carbon’ emitidos em mais de 50% dos ônibus a diesel. Segundo os pesquisadores, medidas efetivas de redução dos poluentes poderiam diminuir entre 35% a 40% o nível total de poluição na Grande São Paulo. Esse impacto seria extremamente positivo para as pessoas com problemas respiratórios. De acordo com levantamento da Organização Mundial da Saúde, a poluição do ar ocasiona a morte de mais de 50 mil pessoas todos os anos no Brasil.

O catalisador, dispositivo usado para reduzir a toxicidade das emissões dos gases de escape dos motores de combustão interna, é capaz de reduzir mais de 90% dos hidrocarbonetos (HC), dos monóxidos de carbono (CO) e dos óxidos de nitrogênio (NOx) produzidos pelos motores a combustão. A solução pode incluir um substrato que filtra a fuligem e os poluentes identificados no estudo, tornando-se um importante aliado no combate à poluição causada pelos veículos pesados. Desde que foram inventados, os catalisadores da BASF contribuíram para que carros, motos e caminhões deixassem de lançar no ar mais de um bilhão de toneladas de poluentes. Sem eles, a qualidade do ar nas cidades seria muito pior.

Em janeiro, a prefeitura de São Paulo sancionou uma lei determinando prazos para a redução de poluentes para veículos de transporte público e de coleta de resíduos na capital paulista. A lei determina redução, nos próximos dez anos, nas emissões de CO2 (50% até 2028), NO2 e NOx (80% até 2028) e de material particulado, incluindo fuligem (em 90% até 2028). Para os pesquisadores da USP, a solução mais econômica seria fazer o retrofit dos ônibus e outros veículos a diesel, para que as emissões sejam fortemente reduzidas.

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